As perguntas que o coaching de carreira pode ajudar a responder
Como ferramenta de desenvolvimento de carreira, o processo de coaching leva a pessoa que a ele se submete a uma transformação: passa a fazer escolhas mais em sintonia consigo mesma e, portanto, com mais segurança. Lucy Ditt, fundadora da Virtutis Desenvolvimento de Carreira, explica que a base do sucesso do processo é o autoconhecimento.
Segundo Lucy, o coaching de carreira pode ser benéfico nas várias fases da vida profissional, as quais, para fins didáticos, ela divide em quatro, ressaltando que podem variar de pessoa para pessoa.
1. Dos 16 aos 19 anos. É o período da escolha da faculdade. As angústias do adolescente, nessa fase, são muitas, e podem incluir questões como seguir ou não a carreira do pai, fazer um curso que acene com retorno financeiro mais atraente ou fazer aquilo de que se gosta antes de mais nada. “Não há certo ou errado, mas o coach poderá ajudar cada um a chegar às suas respostas”, diz Lucy.
2. Dos 19 aos 23 anos. Durante a faculdade, chega o momento de o jovem pensar em realizar um estágio, considerando os mercados e as empresas em que gostaria de trabalhar e a área para a qual pretende se candidatar. Terá, ainda, de se preparar para participar dos processos seletivos. Lucy alerta: “Algumas pessoas se veem bastante confusas nessa hora, por não terem feito uma escolha consciente na fase anterior ou por não conseguirem passar nos primeiros processos de seleção de que participam”.
Mas, ultrapassadas essas preocupações e tendo sido fechado o contrato de estágio, uma ruptura pode trazer angústia ao jovem: espera-se dele não mais a atitude de filho ou estudante, mas a de profissional. O chefe não entregará nada pronto, e o estagiário terá de ter iniciativas e noção de seus limites, mas nem sempre estará maduro para isso. Esse descompasso também pode ser abordado pelo processo de coaching.
3. Dos 24 aos 28 anos. Após os primeiros anos de atuação na empresa, a expectativa comum do profissional é migrar de uma função de executor de tarefas para a de gestor. Nem sempre essa é uma transição tranquila. “Agora, a pessoa pode se perguntar: mas é isso que quero? Estou preparada para gerir e liderar pessoas? O que preciso fazer e aprender? E se eu não quiser ter uma equipe? Serei aceita mesmo assim?”, exemplifica Lucy.
4. Dos 28 aos 32 anos e acima. As questões a partir desse período tornam-se mais complexas, porque também a vida da pessoa assim se tornou, na maioria dos casos. Por exemplo, um gerente pode sentir-se tentado a deixar o emprego e arriscar empreender, mas assumiu a responsabilidade de provedor da família. Então, sente-se em conflito. Uma mulher, por sua vez, pode ter o desejo de ter filhos, mas não sabe ainda como conciliar isso com as exigências do trabalho. Outro profissional pode estar diante de uma promoção, mas não se sentir à vontade no papel de líder. Outro, ainda, pode ter sido demitido e talvez queira trabalhar seus novos rumos.
Os pontos que um processo de coaching de carreira pode desenvolver são muitos, e seu resultado, é um plano cujas possibilidades de sucesso aumentam conforme se amplia a capacidade de autopercepção. “É a partir do momento em que a pessoa começa a se observar, e se perceber em seus comportamentos, preferências, talentos, conquistas e pontos a desenvolver, que a mudança tem início. Mais consciente de si, tomará decisões melhores tanto de carreira como de vida”, finaliza Lucy.